sexo

que assim sejamos:
saídos
directamente das palavras para o sexo que nos clama
e onde os corpos que encontramos,
nus e pouco puritanos,
se tornem cadáveres no cansaço perdidos
pelo suor das fodas na cama.
para o resto de tudo, esquecidos!
apenas na pele lembrados em fogo e chama.
de seios lambidos
e humanos.
pelos orgasmos feridos
e de espasmos estendidos
por beijos profanos.
as unhas cravadas nos dedos pelas costas tecidos
às pernas abertas descobertas sem panos,
pelas nádegas e coxas
bebidas nas bocas
o licor de tais danos,
e nas vozes roucas
de gritos em poses loucas
pela garganta cheia de desenganos.
crus de inocência cantada por carícias
molhadas das genitais pregas mais finas
sedentas de saliva em vagos recantos.
sublimes à ânsia inundada
de prazer provada em prantos.
e que apenas com a fome cansada
e com a anca de sémen lavada
se caía a ruína por entre os mantos.

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