um grito

tenho na saliva o gosto seco do sangue
das flores secas que jazem no canteiro
onde as amarras da consciência me prendem
e me deixam a morrer o dia inteiro.

tenho as mãos refugiadas no pensamento
que desmaia no pôr do sol cansado
de levantar cadáveres das cinzas
da dor de um jardim agoniado.

dos olhos suados caiem os espinhos
onde a razão permanece de pose estagnada
brilhando no absurdo do sentido
do grito que me deixa a garganta rasgada.

3 comentários:

Anónimo disse...

pk tanta dor?

a vida sao dois dias....e um ja paxou.

rfranco\\ disse...

pk ja vou no 3º dia ;)

Anónimo disse...

ahahaha, gostei da resposta ao anónimo. Se tu já vais no 3º dia, o que direi eu. Mas um bocadito de mais alegria não te fica nada mal! pede à namorada, mulher, que te faça cócegas ;)