nada'ver

paz das minhas esquivas e dos encontros errados
entre estes beijos traçados de morfina
descansos vergados do meu fracasso
e da voz que pelo sal a minha boca afina
e do cio do sucesso em que me desgraço
e da noite cultivada clandestina
e da certeza feita de um azar crasso
e no jeito que nos sorri ou assassina

neste nada’ver em que nos vemos
é nestes braços que nós nos temos
com esses confortos de que dependemos
as próprias estradas em que escrevemos

3 comentários:

Anónimo disse...

nada´ver faz nós nós mesmos!


*rufi*

Anónimo disse...

simplesmente...nada'ver

beijo
Ritó

Anónimo disse...

simplesmente...nada'ver
beijokas
ritó